27 de julho de 2010

Carta de despedida

Desisto! 

Já não agüento mais viver desta forma. Quem me dera poder voltar o tempo e nunca ter saído de minha casa, onde estava a salvo de tanto ódio e sofrimento, onde eu nunca me corromperia me transformando neste monstro que agora sou. Desde que sai de casa só tenho aprendido e vivido com sangue, matando todo e qualquer tipo de criatura. Não foi isso que eu desejei, não foi pra isso que sai da vila. Aprendi de meus pais que toda criatura independente do que seja merece ser respeitada, e não cabe a ninguém decidir seu destino. Mas mesmo assim tirei a vida de muitas delas, me transformei em alguém com rancor e uma sede, sede de sangue que eu nunca ouvira antes. Não sei descrever o quão grande é minha dor, sei que não posso mais fazer nada para reparar meus erros, e por isso agora sofro e pago por meus pecados. O meu maior desejo tem sido acabar com minha vida, pondo fim em todo esse amargo que sinto, toda essa dor que sinto. Mesmo assim peço perdão aos que fiz mal, mesmo que não me ouçam ou saibam que me arrependo. Peço perdão, pois não sei quando conseguirei me perdoar. Assim sendo digo adeus aos que me fizeram companhia, agora vou deixar de ser um peso morto. Vou seguir meu caminho e aceitar o que for vir. Sei que tudo o que me aconteceu e ira acontecer eu mereço. 

Obrigada por nunca terem desistido de mim.

- Ceciliana, a maga

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