13 de janeiro de 2010

O RPG e o convivio social

- E ai cara, bora pra praia fim de semana?
- Não rola já marquei RPG com o pessoal...

Geralmente, depois dessa resposta todos passam a te olhar estranho. "Olha lá, o cara joga RPG... coitado deve ter aquela doença... como chama mesmo? Ah! Nerdice!"
É... é bem comum quando se está fora do grupo de amigos ser tratado como estranho só por ser jogador de RPG. Infelizmente as pessoas se limitam a acreditar no conhecimento popular, esse que trata o RPG com misticismo o que provoca essa reação equivocada contra os jogadores.
Como se fizéssemos parte de uma "seita satânica" que sacrifica crianças em nome de deuses pagãos (se bem que um personagem de um amigo uma vez...). Mas não é isso não!
Sempre que explico o que é RPG para meus amigos "de fora da matriz" o pessoal se fascina. "Po deve ser muito massa!". Claro que é! Se não fosse não jogava!

Como no exemplo acima, muitos acham estranho o fato de recusar a praia pra ficar dentro de uma sala olhando pra dragões e jogando dados, imaginando batalhas épicas com magias impossíveis conjuradas por personagens imaginários... Bom, a grande verdade é que tudo isso me fascina mais que a praia!
Eu como rpgista que sou, sinceramente acho estranho, apesar de também o fazer, o fato de assar na praia de frente ao mar durante um dia inteiro. Tambem acho estranho quando me dizem que vão sacrificar o domingo sagrado pra jogar futebol, ou pra soltar pipa (?). Sim, cada um tem seu tipo de diversão, então porque não posso ir matar meus dragões imaginários?

A verdade é que o RPG foi, e ainda é, mal encarado pelo senso comum. "Rpgista é ser do capeta, assassino e adorador do demo!" Por causa de alguns doentes que precisavam de uma desculpa (bem mal elaborada por sinal) o RPG ficou bem sujo na mente das pessoas. Mas feliz daquele que conhece essa saudável forma de diversão. Uma boa forma de didática para qualquer idade. A comunicaçao em grupo, a oratória do mestrante, a criatividade dos jogadores ao resolver problemas, a possibilidade de criar e recriar. Com certeza tem só pontos positivos.

Portanto, deixemos de lado essa mania de que RPG é coisa do capeta. Evite você também jogador de RPG, em espalhar esse pensamento. Como mestrante sempre oriento aos jogadores evitar essas piadinhas, afinal "Mãe, to indo arrancar cabeças de anões!"não pega bem pra quem não conhece o jogo.

- Diego, o mestrante.

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