30 de julho de 2009

"A Luz que Ilumina o Pântano" - Como o RPG marcou minha vida

hello bold adventurers...

Estive pensando... Como este blog trata exclusivamente de RPGs, e é provavel que você que estiver lendo isso, já jogou boas partidas de D&D ou semelhante, vou registrar aqui como este saudável jogo chegou até a mim e como marcou minha vida para sempre. Boa leitura!



Eu tinha oito para nove anos, e estava na casa dos meus primos, em São Paulo. Era um dia chuvoso e não havia muitas coisas para se fazer. Meus primos, que na época tinham uma faixa etária de 15, 16 anos comentaram em jogar "GURPS" enquanto a chuva não parasse de cair. Eu, sem entender muito, perguntei que jogo era esse, eles me apresentaram a meu primeiro contato com RPGs. O G.U.R.P.S. me emocionou, seus sistemas fáceis e empolgantes fizeram aquela tarde chuvosa passar em fração de segundos. Dias mais tarde, fui me encontrar com eles para jogar novamente e eles ficaram espantados na época, como poderia um garoto pequeno daquele já gostar de jogos de, digamos, adolecentes? Passei meses jogando com eles histórias inventadas na hora, personagens de faz de contas que me emocionavam, e alegrias que poucos entendiam. Nas férias do ano seguinte, lembro-me que meus primos chegaram na minha casa comentando sobre um novo jogo, o qual era chamado por jogadores de "RPG", tinha sido a primeira vez que ouvi falar nesse termo, quase um ano depois de jogar isso sem saber. Não demorou muito e eu, agora com meus dez anos, fui apresentado ao AdvancedDungeons&Dragons por meus primos. O ano era 1999, e entre estudos, vide-game e desenhos, eu dividia meus finais de semana a jogar AD&D com eles. Naquele mesmo ano, conheci o jogo de cartas "Magic, The Gathering" e então, minha vida virou um turbilhão nerd irreversível. No AD&D, usávamos o cenário de campanha de Forgotten Realms, onde comecei a me apaixonar por aquele mundo repleto de desafios de magias, dragões milenares e cidades fantásticas. Lembro também que meu primeiro personagem de AD&D era um paladino e tinhamos também um clérigo no grupo que sempre se ferrava, dai vieram as primeiras pérolas de sessões, palhaçadas e situações inusitadas. Um ano mais tarde, e meus hábitos eram extraordinários, tive meus primeiros contatos com o Heavy Metal nessa época (também por meio dos meus primos) e dividia minhas tardes entre ouvir cds de bandas como Slayer, Iron Maiden e Black Sabbath e jogar AD&D, nessa época meu gosto pela leitura se aflorou também, talvez impulssionado por meio do RPG, e comecei a procurar livros de ficção-científica e fantasia para ler. No ano de 2002 eu já tinha lido uma boa coleção de ficções, de livros clássicos como os de Julio Verne até obras de J. R. Tolkiem. Isso fez com que meu interesse pelos RPGs continuassem ainda maiores e naquele ano, fiquei sabendo da criação do Dungeons and Dragons 3ª Edição. Meus primos já conheciam o novo sistema mas não gostavam das mecanicas do jogo e continuamos a jogar o AD&D ou até mesmo sua versão anterior, o 2.0 por mais algum tempo... Um ano depois e eu me mudei com minha família para outra cidade e fiquei sem contato com RPGs por alguns anos, embora isso tenha sido recuperado com novas amizades e novas campanhas. Atualmente, jogo D&D 3.5 e continuo vendo nos RPGs a luz que ilumina todos os pântanos de incertezas e preocupações das pessoas e acredito que os RPGs deveriam ser vistos como estudos pragmáticos para a sociedade.

Um grande abraço,

John Viking/Troll.

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